Thomas Edison | Desenho da Máquina de Tatuagem Elétrica
Dezesseis anos depois, Samuel O’Reilly aperfeiçoou a máquina e adicionou agulhas múltiplas (de uma a cinco), mudou o sistema de tubos e adicionou um reservatório de tinta – isso tudo permitia a oscilação do aparelho e a movimentação das agulhas. O’Reilly patenteou a máquina nos EUA e se tornou o grande mestre da máquina de tatuar a partir da criação de Edson. Desta forma, a tatuagem conhecida, até então feita manualmente, sofreu uma grande evolução, digamos, industrial.
Máquina Elétrica de Tatuagem de Thomas Edison | Samuel O’Reilly
Podemos dividir a arte de tatuar em dois tempos: antes das máquinas e depois das máquinas. Lembrando que, mesmo com as máquinas cada vez mais modernas, a tatuagem feita manualmente, como a arte tebori, ainda é muito apreciada. Mas é inevitável reconhecer que, após a criação primeira máquina, surgem novas experiências, estudos e adaptações a cada dia que passa.
Atualmente, as máquinas são muito mais leves, mais potentes e, especialmente, mais precisas. Elas podem ter seus chassis personalizados como verdadeiras obras primas de colecionador. Em 1904, Charles Wagner, aprendiz do tatuador O’Reilly, adiciona à máquina elétrica duas bobinas.
Máquinas de Tatuagem feitas por Alfred Charles South e Charles Wagner
Na década de 20, Percy Waters patenteia um novo modelo, bem próximo dos atuais. Na década de 50, Frank Eliscu Etal patenteia um novo aparelho, muito semelhante a uma caneta, por meio de um projeto de modelo cirúrgico. Na década de 70, Carol Nightingale foi o último a patentear um modelo de máquina de tatuar elétrica, a mais parecida com as atuais. Hoje em dia existem milhares de modelos espalhados por todo o mundo, mas todos baseados neste último modelo, de Nightingale.
Modelo de Máquina de Tatuagem | Percy Waters e Carol Nighttingale
As máquinas atuais são acompanhadas de alguns instrumentos que permitem o seu funcionamento: o pedal que libera ou corta a energia da máquina, o clip-cord, que é um fio plugado na fonte e na máquina que serve para conduzir a energia, e a fonte, que proporciona a função de regular a amperagem e a voltagem da máquina. Estes instrumentos são indispensáveis em qualquer aparelho moderno de tatuar.
Existem muitas máquinas com funções diferentes. As máquinas de contorno são tradicionais. Nela o tamanho da biqueira define o estilo do desenho a ser tatuado, e quanto menor for mais detalhes poderão ser feitos. Máquinas de sombrear são parecidas com as de contorno. A diferença se encontra na posição das agulhas, que devem ser mais afastadas, pode colorir interiores e fazer sombreamento. As máquinas pneumáticas são muito mais leves. Elas são pistolas que necessitam de ar comprimido para operar, e, por isso é necessário um compressor de ar. Este tipo de aparelho é muito utilizado para se trabalhar fora de estúdios. As máquinas de rotação eram muito utilizadas antigamente e hoje foram aperfeiçoadas – elas servem tanto para contorno como para sombra. O que a destaca é o fato de elas serem mais silenciosas que as padrões e permitirem um bom alcance da tinta na pele sem muita necessidade de regulagem.
Uma decisão importante ao escolher a máquina é a relação entre a técnica e a experiência com o aparelho que o tatuador deve ter. Independente da escolha, o artista deve se sentir seguro e preparado para usar a máquina escolhida, pois assim o trabalho é realizado com mais precisão, satisfazendo tatuados e tatuadas.
Cartão utilizado por Charles Wagner
Post do Blog Tattoo Tatuagem
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